segunda-feira, 17 de maio de 2010

Teu Dia, Mãe Querida

Folhas serenas sobre aquela, a terra
E emancipam e curam, e partem à noite
Tristonhas alegram, e a ti, mãe, hoje
Só por ti, mãe, no outono há primavera

Enfadonhas as folhas de outono, não?
Por isso escolho o soneto clássico
Simples, robusto, de ritmo letárgico
Perfeito em forma, mas dotado de emoção

Parece pura contradição - sei que sim
Todavia homenagem dita é feita
E tu mereces, poesia viva assim

Longe, foi o tempo que passava, de ti
Pois que ti não és de mim longe agora?
Não obstante, amo-te sempre, sempre a ti

Tu que és a meu ver, a segunda mais linda
E ria, e cante, e seja mais que ontem
Hoje, mamãe querida, és tu a dona
Da minha rima. A primeira da fila